IMPLANTADA NO MUSEUMPARK DE ROTTERDAM, A SEDE DO NAI - NETHERLANDS ARCHITECTURE INSTITUTE FOI INAUGURADA EM 1993. O PROJETO DO ARQUITETO JO COENEN CRIOU UM AMBIENTE CULTURAL FÉRTIL, INCREMENTANDO A RELAÇÃO COM O PÚBLICO E INDICANDO O PAPEL QUE CABE À ARQUITETURA NO PERMANENTE PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO DAS CIDADES.
DOLOROSAMENTE RECONSTRUÍDA APÓS A SEGUNDA GUERRA, ROTTERDAM CARECIA DE REFERÊNCIAS URBANÍSTICAS. BENEFICIADA POR PESADOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS, A CIDADE PROCURA RECUPERAR SEU PRESTÍGIO CULTURAL, APOSTANDO NA CRIAÇÃO DE UM COMPLEXO DE MUSEUS, O MUSEUMPARK, SITUADO EM TORNO DE UMA VASTA ÁREA VERDE.
É NO EXTREMO NORTE DESSE PARQUE QUE SURGE A NOVA SEDE DO NAI, INSTITUIÇÃO PRIVADA QUE MOSTRA A FORÇA DOS ARQUITETOS HOLANDESES, COM O GOVERNO CEDENDO O TERRENO E BANCADO PARTE DA CONSTRUÇÃO. UM CONCURSO FECHADO LEVOU À VITÓRIA DO PROJETO DE COENEN.
" O EDIFÍCIO CONSISTE EM QUATRO SEÇÕES ORGANIZADAS ESPACIALMENTE COMO UM CONJUNTO URBANO, CUJA UNIDADE É CRIADA PELA RELAÇÃO MÚTUA", ATESTA O MEMORIAL. DE FATO, CADA SEÇÃO, CLARAMENTE LEGÍVEL, SE DISTINGUE PELO TRATAMENTO DIVERSO DAS FACHADAS. E CADA BLOCO IDENTIFICA-SE COM UMA ATIVIDADE: MUSEU, ARQUIVOS, AUDITÓRIO E ADMINISTRAÇÃO.
AS ATIVIDADES DINÂMICAS SE ARTICULAM SOBRE UM ESPELHO D'ÁGUA VOLTADO PARA O PARQUE E PARA O MUSEU DE ARTE (KUNSTHAL), PROJETADOS POR REM KOOLHAS, ENQUANTO OS ESPAÇOS DE ARQUIVOS ALINHAM-SE AO LONGO DA ÁREA RESIDENCIAL POSTERIOR, NUM ESTREITO PAVILHÃO DE 200M DE COMPRIMENTO.
ESSE LONGO PAVILHÃO LONGITUDINAL SE ESTENDE SOBRE UM PORTICADO DE 42 PILARES DE CONCRETO, REFORÇANDO A ESCALA DA RUA, ONDE SOBREVIVEM EXEMPLOS TRADICIONAIS DA ARQUITETURA HOLANDESA. ELEVADO DO SOLO, FORMA UM PÓRTICO QUE DÁ ACESSO AO COMPLEXO E LIMITA O PARQUE.
O PROJETO DE ILUMINAÇÃO CONCEBIDO POR PETER STRUYKEN VALORIZA ESSE ESPAÇO, NUM JOGO DE LUZ E CORES IMPACTANTE.
DOIS ACESSOS OPOSTOS TORNAM O EDIFÍCIO UMA PONTE ENTRE A RUA E O PARQUE. A LIGAÇÃO DOS ESPAÇOS INTERNOS É FLUIDA, E O PERCURSO INTERIOR SE FAZ PELO ENTRELAÇAMENTO DOS AMBIENTES E CIRCULAÇÕES, COMO A RAMPA QUE COSTURA O BLOCO ADMINISTRATIVO À ÁREA DE EXPOSIÇÕES. VISÕES DO INTERIOR E EXTERIOR SE SOBREPÕEM, ALTERNANDO PERSPECTIVAS DIVERSAS.
ACESSÍVEL À CIDADE, EDIFÍCIO-SEDE DO NAI SATISFAZ A PLATAFORMA CULTURAL DE 'DISTRIBUIR O CONHECIMENTO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO AO PÚBLICO'. REDESENHANDO O TERRITÓRIO, CONSTRÓI UMA HIPÓTESE DE ESPAÇO COLETIVO E TRAZ À MEMÓRIA O VALOR QUE OS MONUMENTOS TÊM NA REESTRUTURAÇÃO DOS CENTROS URBANOS.
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